quinta-feira, 31 de maio de 2007

King Kong (2005)

King Kong / Peter Jackson / EUA / 2005
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Com: Naomi Watts (as Ann Darrow), Jack Black (as Carl Denham), Adrien Brody (as Jack Driscoll), Thomas Kretschmann (as Captain Englehorn), Colin Hanks (as Preston), Andy Serkis (as Kong/Lumpy), Evan Parke (as Hayes), Jamie Bell (as Jimmy), Lobo Chan (as Choy), John Sumner (as Herb), Craig Hall (as Mike), Kyle Chandler (as Bruce Baxter), Mark Hadlow (as Harry), Geraldine Brophy (as Maude), David Denis (as Taps).
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O filme foi bem além das minhas expectativas, não esperava que fosse ser tão bom, porém só fica interessante a partir de quando eles chegam na ilha, e se vê aqueles nativos horrendos e bem caracterizados como tal, onde em seguida aparece o gigante protagonista do filme, daí em diante o filme engrena e o King Kong toma conta da atração toda, e o tempo acaba sendo irrelevante, coisa que nunca me incomoda do filme ter 3h de duração ou mais (desde que seja bom beleza), os efeitos visuais são espetaculares, adorei a seqüência do momento "Jurassic Park", aquela luta toda do Kong contra os dinossauros, e depois o seu bater de peito após a vitória, mostrando ser o dono do pedaço, hahaha, muito legal, e os diversos tipos de animais gigantes que iam aparecendo na ilha não deixou de ser uma atração a mais também, e a Naomi Watts está maravilhosa, numa bela atuação, mostrando seu talento já visto em outros filmes, pois acho que não deve ser nada fácil contracenar com uma criatura digital e ela conseguir transmitir de forma impecável a situação vivida de sua personagem. E a reconstituição de uma Nova York dos anos 30 também foi algo impressionante, e o final trágico em cima do Empire State com aqueles aviões infernais metendo bala incessantemente no gorilão impotente fora do seu habitat foi de cortar o coração num final bem emocionante. Enfim, a meu ver Jackson realizou um excelente trabalho mostrando ser muito competente com blockbusters, gênero na qual vem se especializando.
Avaliação: 9,0
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* Crítica feita pelo amigo Diego (integrante do grupo Cinama Fantástico) e gentilmente enviada para o blog. Obrigado Diego.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

O Grande Ditador

The Great Dictator / Charles Chaplin / 1940 / EUA
Com: Charles Chaplin (as Adenoid Hynkel (Dictator of Tomania)/A Jewish Barber), Paulette Goddard (as Hannah), Jack Oakie (as Benzini Napaloni (Dictator of Bacteria)), Reginald Gardiner (as Commander Schultz), Henry Daniell (as Garbitsch), Billy Gilbert (as Field Marshal Herring), Grace Hayle (as Madame Napaloni), Carter DeHaven (as Spook (Bacterian ambassador) (as Carter De Haven)), Maurice Moscovitch (as Mr. Jaeckel), Emma Dunn (as Mrs. Jaeckel), Bernard Gorcey (as Mr. Mann), Paul Weigel (as Mr. Agar), Chester Conklin (as Barber's Customer), Esther Michelson (as Jewish Woman), Hank Mann (as Storm Trooper).
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Sinopse: Em meio a Segunda Grande Guerra Mundial, judeus estavam sendo esmagados pelo preconceito alemão. Chaplin, genialmente, interpreta os dois protagonistas da história: o ditador Adenoid Hynkel (em clara referência a Hitler) e o barbeiro Judeu. Irônico e atrevido, este filme lhe causou sua expulsão dos Estados Unidos, mas criou também uma obra-prima única com uma das melhores mensagens anti-guerra já transmitidas ao homem.
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Uma grande obra de um dos maiores gênios de todos os tempos. É admirável como esse filme, apesar de ser produzido na década de 30, consegue permanecer atual. É com certeza a produção mais política da carreira de Chaplin, onde ele consegue fazer uma campanha anti-guerra com algumas partes dramáticas e muitas partes inspiradamente engraçadas. Suas piadas, desde as mais simples até as mais críticas, influenciaram muitas das produções posteriores, e vemos suas “crias” até hoje.
O filme inteiro é memorável, porém o discurso final é emocionante e de uma atualidade incrível. Obrigatório para quem tem o mínimo afeto pelo cinema.
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Curiosidades:
- O Grande Ditador foi censurado no Brasil pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), no governo de Getúlio Vargas, por ser considerado "comunista" e "desmoralizador das Forças Armadas";
- A fita encontrou resistências também nos Estados Unidos e foi, em grande medida, responsável pela expulsão de Chaplin do país, uma década depois. Na época, ele desafiou: "Exibo este filme nem que tenha de comprar um cinema e seja o único espectador";
- A idéia original do diretor era a união de dois exércitos inimigos em um grande baile, uma sequência descartada pelo aperto no orçamento da produção. Essa descoberta está no documentário The Tramp and The Dictator, do britânico Kevin Brownlow, que também reúne imagens coloridas do clássico e cenas descartadas por Chaplin durante as filmagens, que foram encontradas no sótão da residência familiar de Vevey, às margens do Lago de Genebra, na Suíça.- Primeiro filme totalmente sonoro de Charles Chaplin.
Avaliação:

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Audition

Ôdishon / de Takashi Miike / Japão / 1999
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Com: Ryo Ishibashi (as Shigeharu Aoyama), Eihi Shiina (as Asami Yamazaki), Tetsu Sawaki (as Shigehiko Aoyama), Jun Kunimura (as Yasuhisa Yoshikawa), Renji Ishibashi (as Old man in wheelchair), Miyuki Matsuda (as Ryoko Aoyama), Toshie Negishi (as Rie), Ren Osugi (as Shimada), Shigeru Saiki (as Toastmaster), Ken Mitsuishi (as Director), Yuriko Hirooka (as Michiyo Yanagida), Fumiyo Kohinata (as TV station presenter), Misato Nakamura (as Misuzu Takagi), Yuuto Arima (as Shigehiko as a child), Ayaka Izumi (as Asami as a child).
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Após 6 anos de falecimento de sua esposa, homem com o apoio do filhe revolve que é hora de casar novamente. Para conseguir uma noiva, seu melhor amigo que é dono de uma produtora de filmes, faz uma falsa audição para que Shigeharu Aoyama conhece futuras pretendentes.
A lentidão dos primeiros 90 minutos de projeção serve, para nos aproximar dos personagens e fazer com que nos importamos com eles. A relação pai e filho e de romance (como não sucumbir ao pedido de uma linda e frágil pessoa que quer somente ser amada?) é uma armadilha que Miike faz para nos cativar. E depois ele simplesmente nos introduz a perturbadora meia hora final.
E como é bom ver num filme uma transição entre climas tão divergentes de uma forma tão perfeita, bem ao estilo oriental, sem manjadas forçadas de barra. Ele passa do ameno quase romântico para o terror mais puro e trágico.
Avaliação:

terça-feira, 15 de maio de 2007

Aguirre, a Cólera dos Deuses

Aguirre, der Zorn Gottes / de Werner Herzog / EUA / 1977

Com: Klaus Kinski, Cecilia Rivera, Ruy Guerra, Helena Rojo, Del Negro, Peter Berling, Daniel Zacapa.

Algumas décadas após a destruição do Império Inca, o explorador Gonzalo Pizarro envia uma expedição para uma arriscada missão, encontrar e tomar posse do tão sonhado e enigmático "El Dorado", um lugar cheio de ouro e riqueza. Deixando as montanhas do Peru, os conquistadores rumam em direção ao rio Amazonas, e logo começam a enfrentar os perigos e dificuldades da traiçoeira selva. Além disso, obcecado e louco por riqueza e poder, Don Lope de Aguirre (Klaus Kinski) passa a liderar o grupo. E, em meio a sua total insanidade, parte com a expedição de conquistadores para uma bizarra jornada rumo ao desconhecido.

O que esperar de um filme feito no meio da Amazônia, com os mínimos recursos e somente com uma câmera na mão? Se esse filme for de Werner Herzog pode esperar tudo. Aguirre é resumidamente um mistura interminável de sentimentos, o que em muito é devida a atuação sempre no limite de Klaus Kinski, que com seu olhar e atitudes sempre à beira da loucura conduz o filme à uma jornada ao desconhecido, para acima de tudo saciar sua ganância.
Desde a magnífica abertura sem cortes, que consegue mostrar as montanhas peruanas de um modo assustador, até o solitário e intenso final, o diretor mostra como se faz um filme grandioso em meio ao caos.

*Obs: O filme conta no elenco com a participação do cineastra brasileiro Ruy Guerra.
Avaliação:

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Os Últimos Passos de Um Homem

Dead Man Walking / de Tim Robbins / EUA / 1995
Com: Susan Sarandon (Freira Helen Prejean), Sean Penn (Matthew Poncelet), Robert Prosky (Hilton Barber), Raymond J. Barry (Earl Delacroix), R. Lee Ermey (Clyde Percy), Celia Weston (Mary Beth Percy), Lois Smith (Mãe de Helen), Scott Wilson (Chaplain Farley), Roberta Maxwell (Lucille Poncelet), Margo Martindale (Freira Colleen), Barton Heyman (Capitão Beliveau), Steve Boles (Sargento Neal Trapp), Nesbitt Blaisdell (Warden Hartman), Ray Aranha (Luis Montoya), Jack Black (Craig Poncelet), Jon Abrahams (Sonny Poncelet), Helen Prejean, Peter Sarsgaard.

Em Louisiana, uma freira católica (Susan Sarandon) passa a ser a guia espiritual e a lutar pela vida de um homem (Sean Penn) que espera ser executado a qualquer momento, por ter assassinado dois adolescentes, sendo que uma das vítimas foi uma jovem que foi estuprada antes de morrer.

Um de meus atores preferidos, Tim Robbins, se sai muito bem na direção desse drama. Ele conduz o filme muito bem e consegue expor os dois lados de um crime terrível. Primeiro o drama irreparável das famílias das vítimas que querem o mínimo de justiça, mesmo que isso não amenize a dor da perda. Do outro lado está o acusado, que também tem seus medos, remorsos e culpas. E a partir do momento que Robbins não toma partido de nenhum lado, apenas os expõem em suas diversas faces, o filme ganha muito crédito.
As atuações de Susan Sarandon e Sean Penn dão toda a vida ao filme. Pra mim esta e uma das melhores interpretações dela, o que baseado em sua bela carreira não é pouco. Ele não fica atrás consegue passar todo o tormento pelo qual seu personagem vive, de alguém que passa de um simples ser humano para um monstro abominado pela maioria.
Os Últimos Passos de Um Homem consegue fazer no mínimo refletir sob a pena de morte, com uma seqüência final de arrepiar. Emocionante.
Avaliação:

Filmes de abril/2007

1- Mestre das Armas; O (Huo Yuan Jia aka "Fearless" / Ronny Yu / 2006)
2- Adrenalina (Crank / Mark Neveldine, Brian Taylor / 2006)
3- Gigolô Europeu por Acidente (Deuce Bigalow: European Gigolo / Mike Bigelow / 2005)
4- Tira no Jardim de Infância; Um (Kindergarten Cop / Ivan Reitman / 1990)
5- Battle Royale 2 (Batoru rowaiaru II: Chinkonka / Kenta Fukasaku, Kinji Fukasaku / 2003)
6- Piratas do Caribe - O Baú da Morte (Pirates of the Caribbean: Dead Man's Chest / Gore Verbinski / 2006)
7- Ilusionista; O (The Illusionist / Neil Burger / 2006)
8- Mão do Diabo; A (Frailty / Bill Paxton / 2001)
9- Napoleão Dynamite (Napoleon Dynamite / Jared Hess / 2004)
10- 88 Minutos (88 Minutes / Jon Avnet / 2007)
11- 15 Minutos (15 Minutes / John Herzfeld / 2001)
12- Dia de Treinamento (Training Day / Antoine Fuqua / 2001)
13- Operação França (French Connection / William Friedkin / 1971)
14- Perfume - A História de um Assassino (Perfume: The Story of a Murderer / Tom Tykwer / 2006)
15- Aprovados (Accepted / Steve Pink / 2006)
16- Névoa; A (The Fog / Rupert Wainwright / 2005)
17- Obrigado Por Fumar (Thank You for Smoking / Jason Reitman / 2006)
18- Escola de Rock (School of Rock / Richard Linklater / 2003)
19- Fonte da Vida; A (The Fountain / Darren Aronofsky / 2006)
20- Segredo dos Animais; O (Barnyard / Steve Oedekerk / 2006)
21- Grande Truque; O (The Prestige / Christopher Nolan / 2006)
22- Rambo - Programado Para Matar (First Blood / Ted Kotcheff / 1982)
23- Sexta-Feira Muito Louca (Freaky Friday / Mark S. Waters / 2003)
24- 11:14 (11:14 / Greg Marcks / 2003)

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Nascido Para Matar

Full Metal Jacket / Stanley Kubrick / 1987
Matthew Modine (Recruta Joker / Narrador), Adam Baldwin (Animal Mother), Vincent D'Onofrio (Recruta Gomer Pyle), R. Lee Ermey (Sargento Hartman), Dorian Harewood (Recruta Eightball), Arliss Howard (Recruta Cowboy), Kevyn Major Howard (Recruta Rafterman), Ed O'Ross (Tenente Walter J. "Touchdown" Tinoshky), John Terry (Tenente Lockhart), Kieron Kecchinis (Crazy Earl), Kirk Taylor (Recruta Payback), Jon Stafford (Doc Jay), Ian Tyler (Tenente Cleves).

Um sargento (R. Lee Ermey) treina de forma fanática e sádica os recrutas em uma base de treinamentos, na intenção de transformá-los em máquinas de guerra para combater na Guerra do Vietnã. Após serem transformados em fuzileiros navais, eles são enviados para a guerra quando lá chegam se deparam com seus horrores.

Eu me redimi de um grande pecado cinematográfico. Full Metal Jacket é entre outras coisas uma crítica à guerra. Kubrick não faz rodeios para isso, ele ataca sem piedade mas com muito bom humor. O filme pode ser dividido em duas partes: o treinamento e o combate. Muito distintas entre si, uma não seria nada sem a outra.
A primeira parte mostra o rigoroso e humilhante treinamento a que são submetidos os recrutas, sendo realizada com muito humor e algumas passagens inesquecíveis, como quando os jovens fazem antes de dormir uma oração aos seus fuzis. Mas no momento certo Kubrick emprega como ninguém uma tensão fodaça ao filme, como na cena do banheiro onde um personagem parece estar literalmente possuído.
A seguir vemos os soldados indo ao combate. E ao contrário do que muitos dizem, não acho que o filme perde o ritmo na segunda parte. Agora até mais do que na primeira metade, Kubrick usa toda a sua genialidade para cutucar o olho do Tio Sam. Como nas entrevistas que os soldados dão para os jornalistas que estão fazendo um documentário, ou ainda a tirada de um determinado soldado que diz -Acorda cara. Isso aqui é uma chacina. E para embalar tudo isso fui surpreendido com uma trilha sonora repleta de clássicos.
Não é o melhor do mestre, mas com certeza é um legítimo Kubrick. E isso é melhor que a maioria das porcarias de guerra que tem por ai.
Avaliação:

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Dança Comigo?

Shall We Dance? / Peter Chelsom / 2004

Com: Richard Gere (John Clark), Jennifer Lopez (Paulina), Susan Sarandon (Beverly Clark), Stanley Tucci (Link Peterson), Bobby Cannavale (Chic), Lisa Ann Walter (Bobbie), Omar Benson Miller (Vern), Anita Gillette (Srta. Mitzi), Richard Jenkins (Devine), Nick Cannon (Scottie), Onalee Ames (Diane), Tamara Hope (Jenna Clark), Diana Salvatore (Tina), David Sparrow (Louis).

Um homem entediado se inscreve em um curso de dança de salão, após se encantar com uma professora de dança.

Filminho perigoso para quem é diabético. Tem algumas passagens engraçadas, mas no geral é bem bobinho. O galã de meia idade Richard Gere ainda mostra que tem certo carisma. Susan Sarandon é a melhor coisa do filme, rouba todas as cenas que aparece, mas sinceramente não merecia estar num mesmo projeto que uma tal de Jennifer Lopez. Na verdade os produtores do filme deveriam colocar uma porta pintada com um rosto triste no lugar da “atriz” (?????) latina, seria mais competente e muito mais barato.
Avaliação:

O Fantasma de Lucy Keyes

The Legend of Lucy Keyes / John Stimpson / 2006

Com: Julie Delpy (Jeanne Cooley), Justin Theroux (Guy Cooley), Brooke Adams (Samantha Porter), Mark Boone Jr. (Jonas Dodd), Cassidy Hinkle (Lucy Cooley), Kathleen Regan (Molly Cooley), Ken Cheeseman (Bud Travers), Michele Greene (Sheila Travers), Jamie Donnelly (Gretchen Caswell), Tom Kemp (Chefe Kemper), Charley Broderick (Bob Greenwood), Frank T. Wells (Gus Jasper), Rachel Harker (Martha Keyes), Anna Friedman (Lucy Keyes), Jillian Wheeler (Anna Keyes).

Uma família muda para uma casa aos pés de uma montanha, mas tem sua tranquilidade abalada devido ao fantasma de uma mãe, que procura por sua filha desaparecida há 250 anos.

Filme locado sem saber absolutamente nada a respeito, apenas por trazer a exuberante Julie Delpy no elenco. Conta a história (baseado em fatos reais) de um casal que se muda para o campo com as duas filhas pequenas. Eles ficam sabendo de uma lenda local que diz que uma criança teria desaparecido na floresta há 250 anos e que o fantasma de sua mãe ainda a procura no local. A trama tenta criar expectativas de um grande e assustador desfecho, mas vai se desenrolando sem muita criatividade e as cenas de suspenses quase não causam impacto. Ainda tem o fato de não conseguir desenvolver bom nenhum personagem. O final que poderia trazer certa redenção é pra lá de fraco e sem nenhuma surpresa. Vale quase que só pela francesa.
Avaliação: