quarta-feira, 25 de junho de 2008

Caché


Caché (Caché / Michael Haneke / 2005)

O que leva uma pessoa a esconder acontecimentos passados de sua vida? Até onde essa pessoa pode ir para manter secretos esses acontecimentos? Quais as conseqüências que isso pode acarretar à vida dessa pessoa?
Essas são algumas das questões lançadas pelo diretor Michael Haneke em Caché.

Alguns Spoilers.

Pra mim um dos méritos de Heneke em Caché é nos ter negado uma explicação clara. Não importa quem mandou as fitas, e sim o significado disso na vida daquela família e o quanto a imagem, personagem principal do filme, os estremecem como seres humanos. Haneke joga para o espectador as lembranças que trazem à tona o passado de Daniel, que como em seu programa de TV, foi editado por ele mesmo, sobrando somente o que lhe interessava. Ele desfruta da vida burguesa de uma classe média francesa que parece cada vez mais alienada da realidade, que discute cultura e afins em jantares com os amigos como se os problemas sociais estivessem apenas do lado de fora. E é do lado de fora que Daniel deixa alguns de seus atos, fechando as cortinas para o seu passado, tentando mais uma vez editar os acontecimentos da sua própria vida.
Enfim, uma pequena obra prima de um Diretor que é hoje um dos que melhor domina a arte da filmar e criar questionamentos em suas obras.

Nota:

3 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom seu comment. Bem melhor que o meu !!! :)

Fabiano Augusto disse...

Não diga isso nem brincando, mestre. ;)

Dewonny disse...

Esse é muito bom msm, filmaço!
Abs! Diego!